BODYPOP



Bodypop @ Era Uma Vez No Porto (09/12/2006)

Como todos os meses, apresentando um menu de iguarias musicais constituído por dosescopiosas de synthpop, electropop, idm-pop, porn-pop e bodypop!

Exposição_Fotografia_João Gil

Horizontes Verticais

Apresentam-se fracções de objectos verticais, seguindo linhas fotográficas horizontais. Em comum está a captação das bases desses objectos, seja de pessoas ou de árvores, riachos, chãos ou estruturas. É dessas bases de onde radicam as suas existências, vidas, situações, horizontes, na sua evolução, vida e forma verticais. Pelo fraccionamento, imagina-se o todo, conferindo-lhe um conteúdo por parte do observador, ajudado pela contraposição do Homem com a Árvore, o Artificial com o Natural, o Inorgânico com o Orgânico, o Monocromático com Policromático, o Geométrico com o Irregular.
A conjugação destas linhas aparentemente incompletas de objectos, fracções de existências sobre as quais se pode conjecturar e analisar, incluindo os seus opostos, é uma forma de Desconstrução. É uma peça importante na geração da inspiração, abstracção e mesmo do sentido estético. Ultrapassa-se o mais óbvio e aparentemente banal, para encontrar o mais significativo e belo das coisas simples.
Numa casa chamada Era uma Vez no Porto, onde inúmeras histórias se cruzam ao longo dos dias e noites, esta exposição pretende encaixar na existência dos vários horizontes que aqui se cruzam. Os contrastes ligam com a diversidade de mundos que por aqui passam, no conforto e convívio da casa.
Tratam-se de fotografias impressas em 130 × 50 cm, em formato panorâmico de película 35 mm. Todas resultam da digitalização de diapositivos. Não são sujeitas a manipulação digital, excepto a regulação simples de cor, contraste e melhoria de contornos, resultando fieis aos diapositivos. São impressas em pigmentos de grande durabilidade, com qualidade profissional. Apresentam-se com moldura e plastificação em base de k-line/platex, numeradas e acompanhadas de certificado e garantia do autor.

João M. Gil


O Fotógrafo:
Desde pequeno se interessou pela fotografia, através da leitura e da prática. Nos últimos anos, a paixão pela fotografia tem-se juntado à de estar na montanha, pelos seus vales, cumes e encostas, pelas suas florestas, prados, gelo, neves e rochedos. Também tem combinado a fotografia com as viagens e o contacto com outras culturas e gentes. Muitas das suas fotografias são resultado de várias saídas para o contacto e respeito directo com a Natureza, sempre de tripé e equipamento fotográfico na mochila.Ao longo do tempo tem-se definido o seu estilo, numa fotografia de explícita desconstrução do objecto, quase minimalista e abstracta, fazendo uso da combinação das ideias e de fotografias, com o objectivo da Estética e do Inspirador. Faz fotografia de paisagem, viagem, macro e abstractos. O seu trabalho tem sido reconhecido em exposições, como em Tempus Fugit (individual) e Olhares Montanheiros (com outro autor) e em vários concursos de fotografia nacionais e internacionais.

Curso de Auto-Maquilhagem



Curso 1: dias 22, 25(14:30/17:30) e 29(17h/19h) de Novembro
Curso 2: dias 2 e 3(14:30/18:30) de Dezembro

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Maquilhagens:

  • invisível
  • dia-a-dia
  • festa
  • noite

Duração: 9 horas

Local: Era Uma Vez no Porto

Formadora: Mónica Mota (Camarim)

Inclui: Dossier individual e resgisto fotográfico das diferentes maquilhagens

Para mais informações através do nº 91 846 77 37

Era uma vez... no Mundo...



A partir de agora já te podes ligar gratuitamente à internet de banda larga sem fios. Basta trazeres um aparelho (computador portátil, pda, etc.) com ligação wireless.
Serviço disponível todos os dias, das 16h às 20h.

FOUND IN TRANSLATION


"Recém-chegado e ignorando completamente as línguas do Levante, Marco Polo não podia exprimir-se de outro modo que não fosse com gestos, saltos, gritos de espanto e de horror, latidos ou berros de animais, ou com objetos que ia extraindo dos alforges: penas de avestruz, zarabatanas, quartzos, e dispondo à sua frente como peças de xadrez. De retorno das missões a que o enviava Kublai, o engenhoso estrangeiro improvisava pantominas que o soberano tinha de interpretar: uma cidade era designada pelo salto de um peixe que escapava ao bico do albatroz para cair numa rede, outra cidade por um homem nu que atravessa o fogo sem se queimar, uma terceira por uma caveira que apertava entre os dentes verdes de bolor uma pérola cândida e redonda..." [Calvino, Italo, in As Cidades Invisíveis, 1965] Lugar num Passeio, que se diz[ia] Alegre... por entre o rio d'Ouro e o mar Atlântico, acolhido em setembro de 2005 pela Cidade do Porto: o *Era uma vez no Porto...* não foi contado, nem escrito por Marco Polo, nem traduzido por Kublai, mas podemos [bem] imaginar os símbolos que estes usariam para o descrever... Lugar de mil músicas, mil conversas, reflexões, mil revoluções, amizades, muitos mais amores, mil artes...


Ao nível do mar subiam-se uns degraus; uma sala familiarmente musical recebia os seus viajantes em ambiente aquecido, pronta a servir alguns apetites...


Durante 3 anos acolheu sonhos, em forma de tatuagens, bicicletas, brincos, batons, candeeiros, carpetes, vinis, livros, bonecas, tesouras de cabeleireiro, pinturas, vinho, fotografias, ilustrações, entre muitas outras, que se foram revelando, crescendo, multiplicando, e, também [não fosse este um lugar real], enfraquecendo e morrendo até.


Um certo dia, inevitavelmente, a declaração "a brisa do mar levou-me ao Centro de ti..." transportou o *Era uma vez no Porto...* para o lado mais urbano do coração da Cidade, em busca e em apoio de uma revitalização da Baixa que se anunciava. Ali se instalou, sob um olhar atento de uma Torre de Controlo - a bela e amada Torre dos Clérigos. "Grande responsabilidade", dizia quem espreitava da varanda e sentia, de imediato, o calor daquela que acolhia e recebia uma nova vida no seu tempo, mas também a atitude daquela que também vigia e supervisiona quem tem uma missão importante a cumprir....


Enquanto os ponteiros rodam... as histórias vão continuando a acontecer, as pessoas vão dançando, saltando, gritando, gesticulando, simplesmente comunicando.


Fica a memória, e os sinais que ela preservou, fazendo de todos nós um Marco Polo em modo de tradução.