Taxicidade - Histórias de um táxi no Porto





Uma iniciativa Gira Discos

No próximo dia 20 de Dezembro, pelas 22h, irá ter lugar no Era Uma Vez No Porto... o lançamento do livro "Taxicidade", da autoria conjunta de Andréa Menezes, Bruno Oliveira, Carlos Luís Ramalhão, Elsa Semedo e Nelson Reis.

O evento contará com a leitura de alguns excertos da obra por parte de actores convidados, seguida de uma sessão de autógrafos na loja Gira Discos.



Histórias de um táxi no Porto


TAXICIDADE

“Um táxi. Cinco motoristas. Cinco dias úteis. Inúmeras histórias escritas nos estofos gastos de um velho Mercedes. O passo lento do taxímetro leva ao destino personagens que se revelam durante o percurso da viagem e das suas vidas.”

O espaço “Era uma vez no Porto” é o local escolhido para a apresentação do livro. O lançamento é acompanhado pela encenação de alguns excertos dos contos, por parte de um grupo de actores.

Taxicidade é um livro que nasceu do encontro entre cinco jovens desejosos de escrever e explorar em texto a sua criatividade. Andréa Menezes, Bruno Oliveira, Carlos Luís Ramalhão, Elsa Semedo e Nelson Reis conheceram-se num workshop de escrita criativa. O gosto pela literatura e as afinidades levaram-nos a manter o contacto após o fim do curso.

Foi num desses encontros que nasceu a ideia de aproveitar as diferenças de estilo para criar uma unidade comum – um livro cujos contos reflectem bem a individualidade de cada um, mas cujo tema central confere o fio condutor necessário à narrativa. Um táxi. O Porto. Cinco dias. E o resto ficou ao critério de cada um… O resultado é agora editado pela editora Pé de Página.

Andréa Menezes nasceu no Rio de Janeiro, Brasil e cresceu na cidade do Salvador, na Bahia. Hoje vive entre a cidade de Vila Nova de Gaia e o Brasil. É bacharel em Direito pela Universidade Católica do Salvador, pós-graduada no Brasil e em Portugal pela Universidade de Direito de Coimbra.

Bruno Oliveira nasceu no Porto, em 1978, cidade onde vive. É licenciado em Ciências de Computadores e encontra-se em fase de conclusão do Mestrado em Computação Gráfica e Ambientes Virtuais. Neste momento, é bolseiro de investigação na Universidade do Minho e empreendedor na área da computação gráfica.

Carlos Luís Ramalhão nasceu em 1980, em Manchester, Inglaterra e vive na cidade da Maia. É licenciado em Jornalismo e Ciências da Comunicação pela Universidade do Porto. Colaborou recentemente com a RTP, nos EUA, e com a Casa da Música, no Porto. Já trabalhou em vários projectos ligados ao teatro, ao cinema, à música e à poesia.

Elsa Semedo nasceu em 1969, em Lisboa. É jornalista há doze anos. Nessa actividade, trabalhou na rádio e na imprensa escrita – jornal Expresso – e colaborou com a Notícias Magazine. Actualmente é freelancer e formadora de workshops de escrita criativa, na Associação Espaço T, entre outras.

Nelson Reis nasceu em Agosto de 1981 em Santa Maria da Feira, possuindo um percurso académico e profissional na área da Informática. Pretende continuar a evoluir nas áreas de artes e letras, que ocupam parte dos seus sonhos e paixões.

“Taxicidade”, de Andréa Menezes, Bruno Oliveira, Carlos Luís Ramalhão, Elsa Semedo e Nelson Reis.
Editado pela Pé de Página.



5a feira - 20 de Dezembro
22 horas


Espaço “Era uma vez no Porto...”
Rua do Passeio Alegre, 550 (Foz)

Gira Discos


Era Uma Vez No Mundo...



A partir de agora já te podes ligar gratuitamente à internet de banda larga sem fios. Basta trazeres um aparelho (computador portátil, pda, etc.) com ligação wireless.
Serviço disponível de 3a a Domingo, das 16h às 20h.

Ar de Momento


Ar de Momento - Candeeiros, papel de parede e peças de decoração.
Contacto: 912770648

Exposição_Pintura_Rui Paiva

DO DESENHO À AGUARELA, AO CORRER DA VIDA


Os primeiros traços de horizontes vividos são desenhados a grafite, aromas densos lidos nas costas das mãos. Mapas de selvas escondidas em bosques calcorreados de bicicletas, vulgo baskouros, velozes e conhecedores de caminhos sempre diferentes.
A ilustração junta os contornos surrealistas dos desenhos às cores de uma paleta rica em tonalidades. Porque África está na origem. África está na paleta das cores que se espraiam nos desenhos e depois nas aguarelas e mais tarde nas telas.
A Aguarela também vem de longe, desde a primeira dúzia de anos, persistente, atenta, deslizando docemente no papel, fundindo cores transparentes que soltam ritos de alegria.
A Pintura é um sopro de Vida que nasce numa longa vida feita no Continente Extremo, num Oriente de especiarias e viagens.
É em Macau, numa China distante, que nascem em 1986 as primeiras telas envolvidas cuidadosamente em suave papel de arroz e tratadas por aguadas de acrílico. A técnica é de fusão de tonalidades inúmeras, em formas que vagueiam entre o figurativo e o abstracto. É o falso abstracto que se vai impondo nas imagens construídas em paisagens do impossível, reais de tanto se esconderem na pele de quem as pinta.
Cidadão do Mundo as vivências orientais enriqueceram as texturas pictóricas, relevando em Macau e Hong Kong, num espaço de convívio com artistas chineses.
Nesta exposição no Porto, a Aguarela é o pulsar de paisagens que dialogam em feições mais realistas ou mais abstractas, um pouco como os sonhos que se nos deparam numa vida de sentidos tão díspares, numa sociedade globalizada no improviso.
Rui Paiva (2007)

Exposição "Do desenho á aguarela, ao correr da vida", de 15/XII/2007 a 19/I/2008

FOUND IN TRANSLATION


"Recém-chegado e ignorando completamente as línguas do Levante, Marco Polo não podia exprimir-se de outro modo que não fosse com gestos, saltos, gritos de espanto e de horror, latidos ou berros de animais, ou com objetos que ia extraindo dos alforges: penas de avestruz, zarabatanas, quartzos, e dispondo à sua frente como peças de xadrez. De retorno das missões a que o enviava Kublai, o engenhoso estrangeiro improvisava pantominas que o soberano tinha de interpretar: uma cidade era designada pelo salto de um peixe que escapava ao bico do albatroz para cair numa rede, outra cidade por um homem nu que atravessa o fogo sem se queimar, uma terceira por uma caveira que apertava entre os dentes verdes de bolor uma pérola cândida e redonda..." [Calvino, Italo, in As Cidades Invisíveis, 1965] Lugar num Passeio, que se diz[ia] Alegre... por entre o rio d'Ouro e o mar Atlântico, acolhido em setembro de 2005 pela Cidade do Porto: o *Era uma vez no Porto...* não foi contado, nem escrito por Marco Polo, nem traduzido por Kublai, mas podemos [bem] imaginar os símbolos que estes usariam para o descrever... Lugar de mil músicas, mil conversas, reflexões, mil revoluções, amizades, muitos mais amores, mil artes...


Ao nível do mar subiam-se uns degraus; uma sala familiarmente musical recebia os seus viajantes em ambiente aquecido, pronta a servir alguns apetites...


Durante 3 anos acolheu sonhos, em forma de tatuagens, bicicletas, brincos, batons, candeeiros, carpetes, vinis, livros, bonecas, tesouras de cabeleireiro, pinturas, vinho, fotografias, ilustrações, entre muitas outras, que se foram revelando, crescendo, multiplicando, e, também [não fosse este um lugar real], enfraquecendo e morrendo até.


Um certo dia, inevitavelmente, a declaração "a brisa do mar levou-me ao Centro de ti..." transportou o *Era uma vez no Porto...* para o lado mais urbano do coração da Cidade, em busca e em apoio de uma revitalização da Baixa que se anunciava. Ali se instalou, sob um olhar atento de uma Torre de Controlo - a bela e amada Torre dos Clérigos. "Grande responsabilidade", dizia quem espreitava da varanda e sentia, de imediato, o calor daquela que acolhia e recebia uma nova vida no seu tempo, mas também a atitude daquela que também vigia e supervisiona quem tem uma missão importante a cumprir....


Enquanto os ponteiros rodam... as histórias vão continuando a acontecer, as pessoas vão dançando, saltando, gritando, gesticulando, simplesmente comunicando.


Fica a memória, e os sinais que ela preservou, fazendo de todos nós um Marco Polo em modo de tradução.